Inunda
O vento que sopra é de carne e osso
Sufoca essa terra e arrasta
O homem disposto
As gotas de nuvem são pedras
Rasgam meus canteiros
Invocam meu mundo sereno
De olhar traiçoeiro
Ah la-rai-á
Quando vai parar, não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom
Ah... E se a chuva parar eu não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom
Abusa
A brisa invoca a febre do povo
Confunde seus rastros de água
Com dores do corpo
Desprende lembranças dos tetos
Nessas corredeiras
Esperança na fonte do verbo
O fim das fronteiras
Ah la-rai-á
Quando vai parar, não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom
Ah... E se a chuva parar eu não sei
Nuvem negra nunca foi sinal de tempo bom
Promete no fim da promessa
Re-acreditar
Encontra nas horas de tédio
O brilho no olhar
Do caos nascem novas maneiras de re-animar